Área: Usabilidade de Software Assistivo

Coordenação: Yuska Aguiar

Colaboradores: Edith Galy, Carole Tardif, Bernard Trémaud, Maëla Trémaud, Fabrice Cauchard, Thomas Arciszewski, Julie Renaud Mierzejewski

Resumo: O binômio tecnologia e autismo é uma realidade. O uso de recursos digitais (softwares, jogos, aplicações, etc.) por pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem sido cada vez mais frequente. Tais recursos são adotados em diferentes contextos de uso para apoiar as práticas de intervenção educacional e terapêutica, ou ainda enquanto suporte para realização de atividades da vida cotidiana. Face à elevada heterogeneidade inter- e intra- individual das pessoas com TEA, os recursos digitais destinados a este público devem considerar suas particularidades sensoriais, seu nível de desenvolvimento e suas competências. Portanto, é relevante que os princípios de Design Centrado no Usuário sejam contemplados no processo de concepção de tais recursos. Em adicional, considerando que as práticas de intervenção clássicas utilizadas junto às pessoas com TEA se apóiam em métodos baseados na teoria da aprendizagem e em terapias cognitivo-comportamental, como ABA ( Applied Behavior Analysis ) e TEACCH ( Treatment and Education of Autistic and related Communication handicapped CHildren ), transpor tais práticas como parte do design destes recursos é igualmente relevante. Desta forma, definir diretrizes específicas para o desenvolvimento de recursos digitais para indivíduos com TEA tem por objetivo a disponibilização de um instrumento para favorecer a aplicação de design centrado no usuário, neste contexto tão particular e diverso. Tais diretrizes devem estar em consonância com os princípios de Interação Humano-Computador e das práticas de intervenções clássicas (ABA e TEACCH), assim como devem direcionar as decisões de design dos projetistas para atender as características, as necessidades e as particularidades sensoriais dos potenciais usuários dos recursos digitais em desenvolvimento – favorecendo o design centrado no usuário. De forma a verificar a eficiência das diretrizes propostas, se faz necessário aplicá-las no desenvolvimento real de recursos digitais que devem ser colocados em uso prolongado para que a evolução das competências dos usuários, indivíduos com TEA, possa ser analisada.

Status: Em andamento

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